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Municípios da região melhoram renda per capita

Segundo dados referentes à renda per capita, coletados junto ao site do IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística), 29 municípios mostram que a região central teve uma melhoria significativa no ranking estadual entre os com maior nível de renda por habitante. O cálculo da renda per capita é a divisão do PIB municipal, ou seja, tudo o que é produzido como riqueza no município, seja nos setores agropecuário, industrial, comercial e prestação de serviços e também da arrecadação da administração municipal, dividido pelo número de habitantes. Os dados são referentes ao ano de 2021, último ano com informações sobre o PIB (Produto Interno Bruto) municipal.

Ariranha do Ivaí teve o melhor desempenho entre os municípios pesquisados, com uma renda per capita de R$ 63,4 mil ao ano por habitante, e ficou em 46º lugar em todo o Paraná. No Paraná, o melhor desempenho é de Araucária, com R$ 170.125,52 por habitante/ano, vale lembrar que, no município da região metropolitana de Curitiba, fica a Refinaria Presidente Getúlio Vargas da Petrobrás. Outro município da região que está entre os 50 com melhor renda per capita do Paraná é Roncador, o 48º no ranking estadual, com R$ 63,3 mil. O terceiro lugar na região é Boa Ventura do São Roque, com quase R$ 57 mil de renda per capita/ano, que ocupa o 71º no ranking estadual.

Pitanga é o município de número 200 no Paraná nesse ranking, com renda anual por morador de R$ 38,4 mil. Ivaiporã é o 301º no ranking estadual, com 29.727 per capita/ano. Já a menor renda per capita da região é de Laranjal, que ocupa o 389º no ranking paranaense, com renda de R$ 19,7 mil.

Na comparação com o ano anterior, o maior crescimento ficou para Santa Maria do Oeste, que teve um aumento na renda per capita de 32,7%. Depois vieram Mato Rico com 28,4% e Grandes Rios com 28,1%. A cidade com pior desempenho entre 2021 na comparação com 2020 foi Cruzmaltina, com redução na renda per capita de -4,86%.

No entanto, quando se faz a comparação com os dados do ano de 2011, nota-se como houve uma evolução significativa no nível de renda da região. No início da década passada, 9 municípios dos 29 pesquisados estavam entre os 50 piores do Paraná: Cândido de Abreu (350º), Jardim Alegre (361º), Mato Rico (365º), Lunardelli (370º), Godoy Moreira (374º), Palmital (382°), Nova Tebas (383º), Santa Maria do Oeste (393º), Laranjal (396º) e Rosário do Ivaí (397º) e apenas um município estava entre os 100 melhores do Paraná, Cruzmaltina (85°).

Em dez anos, o cenário se transformou; hoje, são apenas dois municípios entre os 50 piores ranqueados do Paraná. Godoy Moreira (351º) e Laranjal (389º). Já entre os 100 melhores tem quatro municípios da região central: Ariranha do Ivaí (46º), Roncador (48°), Boa Ventura do São Roque (71º) e Cruzmaltina (97º).

Os dois maiores municípios da região tiveram desempenho semelhante, Pitanga teve uma evolução de 195,5% em dez anos e subiu da posição 264 no ranking estadual para a posição 200 e Ivaiporã cresceu em dez anos 140% e caiu da posição 285º para a 301º.

O coordenador dos cursos de gestão e Ciências Contábeis da Fatec de Ivaiporã, Thiago Zanoni Branco, comenta que a melhoria na renda per capita da região se deve à valorização dos produtos agrícolas nos últimos anos, já que a característica econômica da região ainda é a agropecuária. “Em muitas cidades menores, com pequenas propriedades, acredito que a melhoria na renda também tem relação com a diversificação da agricultura, que tem conseguido uma renda maior para as famílias”, salienta. Ele lembra que a região tem se destacado na produção de algumas culturas como a goiaba, onde o Vale do Ivaí é o segundo maior produtor do Paraná; e na produção de cafés especiais, projeto que tem envolvido especialmente as mulheres agricultoras e garantido uma renda maior. “Alguns dos produtos que hoje vemos no supermercado tiveram uma grande valorização e isso reflete também na renda do produtor rural”.

Thiago Zanoni comenta também que existe um processo de industrialização na região, mas que ele ainda deve demorar alguns anos para mudar o perfil econômico.

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