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Podemos estar bebendo agua contaminada

Esta semana, o Brasil foi pego de surpresa com uma pesquisa feita pelo Mapa da Água – Repórter Brasil que tirou debaixo do tapete o lixo da água consumida pelos brasileiros, mostrando que “todos nós bebemos pequenas doses diárias de substâncias químicas e radioativas. São agrotóxicos e outros resíduos da indústria que se misturam aos rios e represas”, mostra a pesquisa em forma de reportagem.

No Paraná, o quadro é preocupante. No mapa paranaense, dezenas de cidades estão pontuadas como integrantes dessa lista que soma mais de 750 municípios brasileiros. Desde a capital, Curitiba, até pequenas cidades do interior do Estado estão inseridas no contexto dessa suspeita água.

A primeira cidade paranaense a se manifestar foi Maringá. A prefeitura do município, por meio da Agência Maringaense de Regulação (AMR), pede explicações à Sanepar e dá um prazo de 24 horas para obter respostas quanto ao resultado negativo da cidade no Mapa da Água.

A prefeitura de Maringá pontua que índices apresentados pelo Mapa da Água apontam que a água tratada do município poderia conter substâncias com riscos de gerar doenças crônicas ao carregar agrotóxicos e outras substâncias químicas e radioativas que são perigosas para a saúde quando acima dos limites fixados pelo Ministério da Saúde

Segundo a pesquisa e reportagem, na opinião de alguns especialistas, não há risco se elas – substâncias – estiverem dentro do limite regulamentado. Outros argumentam que as doses aceitas no Brasil são permissivas, pois são bem mais altas do que as da União Europeia.

Sobre um ponto não há dúvida: essas substâncias são prejudiciais à saúde quando estão acima do limite brasileiro. O consumo diário aumenta o risco de câncer, mutações genéticas, problemas hormonais, nos rins, fígado e no sistema nervoso, a depender do produto? questiona o Mapa da Água.

Dados inéditos levantados pela Repórter Brasil mostram que são esses os riscos oferecidos pela água que saiu da torneira de 763 cidades entre 2018 e 2020.

Substâncias químicas e radioativas foram encontradas acima do limite em um de cada quatro municípios que fizeram os testes. Entre eles, estão São Paulo (13 testes acima do limite), Florianópolis (26) e Guarulhos (11).

As informações podem ser consultadas por cidade no Mapa da Água, que destaca quais substâncias extrapolaram o limite e explica seus riscos. Os dados são resultados de testes feitos por empresas ou órgãos de abastecimento e enviados ao Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), do Ministério da Saúde.

Os testes são feitos após o tratamento e a maioria dessas substâncias não pode ser removida por filtros ou fervendo a água.

Se há substância acima do valor máximo permitido, podemos dizer que a água está contaminada.”

 

 

 

Fonte: Paraná Portal

Por: Pedro Ribeiro – 08 de março de 2022, 11:28

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