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Setor produtivo se une contra praga que devasta até 70% da lavoura infestada

O objetivo é orientar cooperados e produtores sobre as boas práticas de manejo que reduzem a proliferação da cigarrinha-do-milho

Cooperativas, sindicatos rurais e órgãos do governo promovem campanha contra proliferação da cigarrinha-do-milho. Saiba mais sobre o movimento “Paraná contra a cigarrinha-do-milho”: https://tinyurl.com/2mae9t7u 📰 Para conferir essa e outras matérias acesse: https://tinyurl.com/2p8654t

Cooperativas, sindicatos rurais e órgãos do governo lançaram nesta semana a campanha “Paraná contra a cigarrinha-do-milho”. A proliferação da cigarrinha-do-milho é uma preocupação crescente entre os produtores do cereal no Paraná. O inseto é vetor de doenças vasculares e sistêmicas que causam o chamado enfezamento da planta, problema capaz de reduzir em mais de 70% a produção de grãos nos cultivares suscetíveis.

 

A campanha de orientação aos produtores é uma realização conjunta do Sistema Ocepar (Ocepar, Fecoopar e Sescoop/PR), Sistema FAEP/SENAR-PR, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), órgãos ligados à Secretaria da Agricultura e Abastecimento e Agricultura do Paraná (Seab), e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O objetivo é alertar o produtor rural para a crescente presença desse inseto nas lavouras do Paraná e orientar sobre as boas práticas de manejo para reduzir os problemas causados pela infestação da praga.

 

A comunicação da campanha leva em conta cada fase de cultivo do milho e as postagens orientativas poderão ser acompanhadas pelo Informativo e rede sociais da Cocari. As orientações para evitar a infestação da cigarrinha incluem, por exemplo, a eliminação do milho voluntário (tiguera).

 

O que é – Desde 2015, populações de cigarrinha-do-milho estão se deslocando e sendo registradas na Bahia, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. A partir de 2019, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também passaram a ser afetados. Atualmente, a proliferação da cigarrinha-do-milho e a ocorrência de enfezamentos dos cultivos é considerada um desafio fitossanitário para a cadeia produtiva do cereal. A cigarrinha pode se tornar vetor de três doenças sistêmicas que atacam o milho: o enfezamento pálido, o enfezamento vermelho e à risca do milho ou milho raiado fino.

 

A cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) adulta mede de 3,7 a 4,3 mm de comprimento, com fêmeas geralmente maiores que machos. Tem coloração palha com manchas negras no abdômen e duas manchas negras na cabeça, similares a olhos escuros. Vivem em colônias no cartucho e folhas jovens do milho. Sugam a seiva das plantas. O ciclo de vida da cigarrinha, de ovo a adulto, é em torno de 45 dias. Sob condições favoráveis de temperatura, 26 e 32 ºC, o ciclo pode ser completado em 24 dias. Na fase adulta as fêmeas podem depositar cerca de 14 ovos/dia, totalizando em média, 611 ovos durante seu ciclo.

 

Saiba mais – Para orientar os produtores rurais, o Sistema FAEP/SENAR-PR lançou a Cartilha “Manejo da Cigarrinha e enfezamentos na cultura do milho“.

Desenvolvido junto com a Embrapa Milho e Sorgo, o material traz orientações práticas, que ajudam o agricultor a identificar e a controlar o inseto, de forma didática. A publicação também contempla fotos que exemplificam os sintomas causados pelas doenças transmitidas pela cigarrinha do milho.

 

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