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Médicos sugerem que Hospital Metropolitano suspenda cirurgias por falta de insumos

A crise no Hospital Metropolitano de Sarandi se agrava a cada dia e agora compromete pacientes da rede privada e do Sistema Único de Saúde. Além do atraso de salários dos funcionários, agora médicos revelam a falta de medicamentos para o tratamento dos pacientes. Em carta aberta encaminhada à direção da unidade, médicos sugerem que o Hospital deixe de realizar algumas cirurgias para que não haja falta de insumos nas operações emergenciais.

A Equipe Pinga Fogo teve acesso à carta encaminhada à Administração do Hospital Metropolitano e nela, médicos relatam o baixo estoque medicamentos e até a faltas pontuais. “Essa situação compromete diretamente o atendimento aos pacientes, uma vez que não temos recursos necessários para suprir suas demandas […] a equipe de anestesia tem feito o possível para utilizar os medicamentos de forma racional e priorizar os casos mais urgentes, mas a escassez de estoque está se tornando cada vez mais preocupante” diz a carta assinada pelo corpo clínico do Hospital. Veja a cópia da carta abaixo, quando ainda estava em processo de coleta de assinaturas.

Funcionários convivem com o atraso salarial desde o início do ano, o que levou o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Saúde de Maringá (STESSMAR) a denunciar o caso à Justiça do Trabalho. Na última semana, a direção emitiu um comunicado informando que o pagamento do salário aconteceria no dia 9 de fevereiro, mas em seguida emitiu novo comunicado informando que não há mais previsão para que isso ocorra.

FUNCIONÁRIOS AMEAÇADOS?

Diante dos comunicados, a direção do Hospital emitiu um comunicado aos funcionários, alertando o que diz o Código de Ética da Enfermagem, sobre os cuidados mínimos aos pacientes para uma assistência segura. “Eu recebi essa mensagem via whatsapp e me senti coagida pelo hospital. Muitos funcionários estão faltando por conta do salário atrasado e logo após eles mandarem o aviso de que não há previsão, encaminharam essa mensagem” disse uma enfermeira, que prefere não se identificar e revela que está prestes a deixar a unidade. “Tenho família, não posso passar por isso. Além do mais, a gente sente pena dos pacientes. Alguém precisa resolver isso” desabafou.

O QUE DIZ O HOSPITAL?

Nossa equipe tentou por reiteradas vezes contato com a direção do Hospital Metropolitano, mas não fomos atendidos.

 

 

 

 

Fonte:Equipe Pinga Fogo

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