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Missa na capela Sagrada Família nesta sexta-feira

Capela Sagrada Família
Estrada Alegre KM 14, Mandaguari

Você e sua família são muito especiais para a celebração da Santa Missa no dia 28 de fevereiro de 2025, (sexta-feira)às 20:00 horas, na Capela Sagrada Família, com a presença do pároco da Paróquia Bom Pastor de Mandaguari. Vamos rezar juntos.

Após a Santa Missa, haverá uma grandiosa quermesse com espetinhos, pastéis e bebidas. Sua presença é muito valiosa, e os recursos arrecadados serão destinados à restauração da capela.

HISTÓRIA

Depois de décadas sem receber nenhuma atividade e já apresentando fortes sinais de degradação por conta da ação do tempo e do abandono, aos poucos um importante patrimônio histórico e religioso, localizado entre os municípios de Marialva e Mandaguari, começa a ser revitalizado. A Capela Sagrada Família, localizada no quilômetro 14 da estrada Alegre, está sendo restaurada por um grupo de pessoas da comunidade que não se conformavam em ver a pequena igreja que no passado fez parte de suas vidas se deteriorando.
À frente dos trabalhos estão moradores e ex-moradores da região da Estrada Alegre que se organizaram e desde meados do ano passado vem dedicando boa parte dos finais de semana para recuperar o local. Entre os envolvidos estão inclusive pessoas de outras denominações religiosas.
Para viabilizar o sonho de dar à antiga igrejinha a aparência de quando ainda eram realizadas missas semanais no local, os voluntários já investiram recursos próprios, conseguiram dações de dinheiro, materiais e mão de obra com alguns empresários e fizeram uma promoção de pizzas. Ainda assim, o montante conseguido até agora ainda está muito aquém do que será necessário para recuperar todo o prédio e deixa-lo novamente em condições de uso.
Por enquanto, os voluntários estão providenciando a restauração do mobiliário que compõe o altar e construindo novas portas de madeira. A limpeza da área externa é outra ação que já foi realizada pelo grupo, assim como a recuperação das estruturas metálicas das janelas, que agora estão prontas para receber os novos vidros já encomendados.
Ainda falta reformar o telhado e o forro, fazer alguns reparos no reboco e no piso, pintura e refazer toda a parte elétrica e hidráulica, incluindo aí a instalação de um ramal para trazer a rede de distribuição de energia da Copel até a capela e a perfuração de um poço para abastecimento de água. Também está nos planos dos voluntários a construção de um jardim na parte externa. Em resumo, o trabalho ainda deve durar muito tempo considerando que os recursos financeiros são escassos e a mão de obra está sendo predominantemente cedida por voluntários, que na grande maioria não fazem este tipo de atividade profissionalmente.
Mesmo assim ninguém desanima. “Não temos pressa, o que queremos é ver a igreja restaurada, não importa quanto tempo vai levar”, explica Roberley Trolezzi. Ex-morador da Estrada Alegre, ele conta que fez sua primeira comunhão naquela capela e sentia muita tristeza cada vez que passava por ali e via o local abandonado daquela forma.
Segundo Trolezzi, a construção só não foi mais danificada porque nos últimos anos Dionísio da Silva, um lavrador que havia perdido o emprego e não tinha família para acolhê-lo, fez daquele espaço a sua residência. A história do homem que morava na igreja abandonada chegou a ser tema de uma reportagem da RPC em 2011. “Enquanto morou ali ele cuidou da igrejinha e não deixou que vândalos a destruíssem”, afirma.
Quando se aposentou, Silva mudou do local e logo depois os voluntários começaram a se organizar para pôr em prática o projeto de restauração. Uma das primeiras ações neste sentido foi retirar dali o altar e levar para um local seguro. Construído em madeira de lei e com alto valor comercial, além de estar sofrendo com a ação do tempo, a mobília poderia ser facilmente roubada, já que a igreja não tinha mais portas. Ainda em processo de restauração, os voluntários explicam que o altar só será recolocado em seu lugar original depois que todas as obras de recuperação do prédio forem concluídas.
Membro de uma família que tem propriedade rural muito próximo à capela, Nilton Boti é um dos envolvidos com a restauração. Ele, que na infância foi coroinha nas missas que eram celebradas ali, foi um dos idealizadores do projeto e quem iniciou as conversas sobre o assunto com a Mitra Arquidiocesana de Maringá, que é dona do imóvel. Boti diz que o desejo do grupo não é apenas recuperar a estrutura física da capela, mas fazer com que o local volte a ser movimentado como era no passado quando ali eram celebradas missas e realizadas grandes festas. “Depois que o trabalho for concluído será preciso formar uma comissão para administrar e manter aquela estrutura em boas condições”, explica.

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