Os motoristas do Transporte Coletivo Urbano de Maringá aprovaram greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada ontem (24), quando os trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 4,5%, apresentada pelas empresas Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) e Transporte Coletivo Cidade Verde.
Os trabalhadores ainda rejeitaram proposta de aumento de 15% no auxílio alimentação e buscam uma proposta melhor. A deflagração da greve teve ampla adesão da categoria. As empresas foram notificadas na manhã desta terça-feira (25) e de acordo com a lei de greve, qualquer paralisação só poderá ocorrer após 72h da notificação.
GREVE A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA
Pelo prazo determinado em lei, a paralisação do serviço poderia ter início na próxima sexta-feira (28), no entanto, a direção do sindicato está orientando os motoristas a iniciarem o movimento grevista apenas na segunda-feira, como forma de prejudicar as empresas. “As empresas têm mais prejuízo que benefício rodando no sábado […] a gente estaria dando dois dias de lambuja para a empresa, inclusive questionar na justiça […] na segunda teremos impacto maior porque tem estudantes e os trabalhadores [usando o sistema]. Se é para dar impacto, sugiro na segunda-feira” disse em áudio enviado aos motoristas, o vice-presidente do Sindicato.
As empresas TCCC e a Cidade Verde, se manifestaram sobre a decisão de greve em uma nota oficial emitida nesta manhã e garantiram que irá buscar na justiça a manutenção do serviço.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A TCCC e a Cidade Verde, diante das manifestações do Sindicato que representa a categoria dos seus funcionários acerca da deflagração de movimento grevista, se manifesta, esclarecendo, que, desde o início das negociações coletivas para renovação dos termos de seus acordos coletivos, veio à mesa de negociação com espírito de diálogo franco, técnico e aberto, fundamentando suas propostas e limites, as quais superaram as obrigações legais, com ganhos reais à categoria, dentro de critérios de razoabilidade e responsabilidade com o serviço público de transporte, com a tarifa e, principalmente, com a população pagante e usuária do serviço público de transporte. Esta última, diga-se, que não teve seus rendimentos reajustados nas bases exigidas pelo Sindicato da categoria.
O anúncio do movimento grevista representa uma ruptura do diálogo negocial, uma negativa das propostas construídas pelas empresas em mesa de negociação sob parâmetros técnicos de boa fé e responsabilidade de sustentação da atividade e serviço que prestam, sendo que a empresa tomará todas as medidas legais em face do movimento paredista, submetendo toda a questão ao Poder constitucional competente, que é o da Justiça do Trabalho, a fim de buscar legalmente minorar os efeitos da paralisação à população usuária e formular um novo acordo coletivo de trabalho, sob bases legais e responsáveis à sobrevivência do setor. Maringá, 25 de julho de 2023.
Fonte; Pinga Fogo